Pastor Belga Malinois

Pastor Belga Manolis (1)Os Malinois, freqüentemente confundidos com os pastores alemães em função da coloração de sua pelagem, tem como origem a própria seleção para a obtenção dos Groenendael, uma vez que durante os acasalamentos surgiram cães de pelagem curta e dourada, que deram origem a essa variedade e recebeu o nome da cidade belga de origem.

O Malinois é considerada a mais antiga das quatro variedades que constituem a família dos Cães Pastores Belga. Estas variedades diferenciam-se entre si essencialmente pela pelagem: o Groenendael  possui pêlo comprido e de cor preta; o Laekenois possui pêlo de arame; o Malinois, pêlo macio e o Tervueren, pêlo comprido com vários tons.

No entanto, tal definição só foi estabelecida no final do séc.XIX, uma vez que, até então, não existia um conhecimento organizado das diferentes raças de cães pastores. Tal tarefa foi desenvolvida por alguns cinófilos que decidiram apurar as características e qualidades necessárias que estes cães deveriam ter para o auxiliarem o homem no pastoreio. Com a ajuda de Adolf Reul, director da Escola de Medicina Veterinária de Cureghem, identificaram-se três variedades distintas: pêlo comprido, pêlo curto e pêlo de arame.
O Malinois foi o primeiro cão pastor a ser reconhecido e a dispor de um programa de criação mais sistemático, cabendo-lhe a tarefa de proteger e arrebanhar as ovelhas. Em 1891, foi fundado o Clube do Cão Pastor Belga que estabeleceu, em 1899, o primeiro standard da raça. No dealbar do século XX, foram registados os primeiros cães no livro da Société Royale de Saint-Hubert, e a “Charlot”, nascida em 1891, foi uma das primeiras Malinois a beneficiar com este registo.
Dotados com um forte carácter e notável capacidade de trabalho, estes cães de pêlo macio depressa conquistaram o interesse de muitos criadores belgas que o consideravam o cão pastor preferido da Bélgica.
Em 1911, foram registados nos EUA os primeiros Malinois (Belgian Blackie e o Belgian Mouche) mas até 1959, estavam inseridos na Miscellaneous Class do Kennel Clube Americano.
Na década de 60, a crescente importação desta raça e o consequente registo fez com que, em 1965, os Malinois passassem a pertencer ao Working Group daquele prestigiado clube e, com isso, participassem em competições. Nos anos 70, a importação destes cães foi ainda mais intensa e a sua popularidade aumentou consideravelmente no território americano. Hoje o Malinois pertence ao Herding Group daquele clube.
Actualmente, apesar de serem reconhecidas as quatro variedades, não existe, ainda assim, uma classificação unânime: o Kennel Council nacional australiano e o Kennel Clube neozelandês consideram que elas são quatro raças distintas; por seu turno, o Kennel Clube canadiano, o Kennel Union da África do Sul e a Federation Cynologique Internationale reconhecem as quatros variedades dentro da mesma raça.
O Kennel Club Americano possui ainda um standard ligeiramente diferente para o Malinois daquele que existe na Europa.

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fonte: Arca De Noé / Dog Times

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